LIZ & DICK (Não traduzido para português) 2012
Avaliação: ★★★★★ (3/5)
Direção: Lloyd Kramer
Com: Lindsay Lohan, Grant Bowler, Theresa Russell, David Hunt, Tanya Franks
Do que se trata?
A história aborda o relacionamento entre Liz Taylor e Richard Burton, que foram casados por duas vezes e contracenaram em 11 filmes, com destaque para Cleópatra, Quem Tem Medo de Virginia Woolf? e Adeus às Ilusões.
Desde as primeiras notas anunciando Lindsay Lohan como Elizabeth Taylor, Liz & Dick me animava com a possibilidade de ser um de meus filmes favoritos. Não conheço à fundo a vida de Liz, mas até onde sei (e pesquisei), a atriz era bem mais complexa e severa do que a suposta figura que foi mostrada como sendo-a. Talvez por depositar tantas fichas em um filme só, me decepcionei, esperava mais (muito, muito, muito mais) da película de Lloyd Kramer.
A atuação de LiLo também não ajudou. Onde está a garota prodígio de antes? Não mergulhou na personagem, na intensidade de Elizabeth, estava morna. Já de Grant Bowler não tenho do que reclamar. Encarnou Richard Burton com perfeição e roubou as cenas para si. Teve uma ótima química com Lindsay e se a atuação dela fosse melhor, com certeza desviaria a atenção do público mas os outros pontos fracos do filme. Lohan tem potencial, o que houve em Liz & Dick?
A direção e fotografia também não colaboraram, criando um filme corrido, com diálogos fracos, e totalmente esquecível. Uma pena, Ms. Taylor merecia ser retratada na grandeza de seu instrumento de sucesso com mais esmero. De qualquer modo, pelo menos se juntou às outras divas do cinema retratadas no próprio, como Audrey Hepburn e Marilyn Monroe. Espero que futuramente gravem algo melhor.

A desculpa do baixo orçamento não cola mais. Há vários filmes incríveis com orçamentos bem menores que o de Liz & Dick. Se dirigido e produzido com mais cuidado, esse poderia ser O filme. Dos figurinos não posso reclamar, achei de muito bom gosto e combinaram bastante com as feições de Lohan, bem como do resto do elenco. Não é que o filme seja de total mau gosto, é bom de assistir, mas é só, pára por aí. Algo para se ver hoje enquanto está nublado lá fora, relembrar por umas horas e na outra semana esquecer do que se viu. Não é total perca de tempo, mas também não garanto que agradará à todos.
Por outro lado, comecei a relembrar de Cleópatra (1961) e lembrar de detalhes que passaram despercebidos em minha cabeça. Conhecendo "a fundo" (não se pode confiar totalmente em um filme) um pouco mais dos segredos por trás da obra, é possível reparar com mais atenção na ardente relação entre Marco Antônio (Richard Burton) e a Rainha do Nilo, Cleopatra (Elizabeth Taylor). Seria um show de atuação ou a paixão real dos intérpretes que incendiou os estúdios?
Minha dica é: veja, mas apenas se não houver outro afazer mais importante e/ou de maior valor.

Por Antônio Batista
Ótima crítica!
ResponderExcluirO filme também me decepcionou como um todo, cogitei ser a volta triunfal de LiLo, mas não foi bem assim.
Obrigado pela visita, Luiz, volte sempre!
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