ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE
Ano: 2012
Direção: Roberto Santucci
Elenco: Danielle Winits, Leandro Hassum, Kiko Mascarenha, Aílton Graça, Rita Elmôr
Do que se trata?
Tino (Leandro Hassum) é um pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento com Jane (Danielle Winits), completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí, com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas) e de seu melhor amigo Adelson (Aílton Graça), ele cria uma série de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não perceba que está falido.
Nunca tinha visto um filme brasileiro no cinema. Eu era leigo no assunto, apesar que ainda me considero. E muito. Não sei nem bem como começar essa crítica, mas já adianto: é um ótimo filme. Conseguiu sair da linha de filmes impudico que, como já registrei anteriormente em outras críticas, é marca registrada dos filmes brasileiros. Senti uma ótima vibe no filme. A cor, as atuações. Tudo nos eixos. Até que...
Até que nada! O filme é ótimo para se ver num domingo chuvoso com toda a família. Eu, particularmente, cheguei a me engasgar em certo momento com o refrigerante e a pipoca. É uma comédia totalmente requintada e, em certo ponto, diferente. Não precisou de usar elementos pornográficos pra criar uma película cômica. E eu me orgulhei disso e principalmente em ver o quanto o cinema brasileiro evoluiu nos últimos anos.
Apesar do início um tanto quanto acanhado, o desenvolvimento é formidável e não notei muitos erros na produção. Como sempre, Danielle Winits está esplêndida e conseguiu assimilar muito bem a carga cômica da personagem com a parte dramática da mesma quando descobre que está pobre, novamente. É um filme clichê, pois o assunto sobre loteria, mega-sena e prêmios sorteados afins já vem sendo um tema bastante debatido, tanto em novelas, quanto em filmes. Mas a forma em como esse assunto é abordado em "Até Que a Sorte Nos Separe" é totalmente adversa ao clichê, uma vez que fala da regressão, isto é, da forma em como a personagem de Leandro Hassum vai perdendo todo o dinheiro que ganhou na loteria.
Para finalizar, é uma comédia nos eixos e que eu gostaria de categorizar como uma das melhores comédias brasileiras, com um elenco catedrático no humor e que estão melhores do que nunca!
Avaliação: ★★★★★ (4/5)
Por João Marchesini
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